Mark Sandman
Também não era apenas cantor. Era compositor, inventor de instrumentos e multi-instrumentalista..

E quem pensa que este tipo nasceu para a música muito cedo, que seria um predestinado, um tipo a quem todos os caminhos pareceriam querer guiar para uma carreira musical… nem por isso.
Foi taxista, pescador e trabalhou em obras na construção civil antes de conseguir ter a sua banda.
Nunca gostou de falar da sua vida pessoal nas entrevistas que deu durante os seus anos de fama, nunca ninguém soube ao certo a sua idade até à data da sua morte em palco, mas as letras das músicas dos Morphine (especialmente) eram quase autobiografias suas. Era essa a forma de se dar a conhecer.
Ah, esqueci-me de dizer que chegou a estar às portas da morte após ter sido assaltado e esfaqueado no peito dentro do seu táxi e que uns anos mais tarde decidiu criar a sua própria banda desenhada, de nome Twinemen, da qual se deu o nome mais tarde à banda que os dois restantes membros dos Morphine criaram em homenagem ao seu líder.
Mas acima de tudo, acima de toda a admiração que o homem mereça pelo que passou até conseguir os seus momentos de fama, o que interessa mesmo é que ele fazia musica boa, música muito boa, da melhor que conheço. E como dois exemplos deixo-vos aqui duas músicas que se podem encontrar na compilação Sandbox, lançada pela Hi-n-Dry em 2004 e que serve para que algumas das coisas que nunca tinham saído do baú de Sandman vissem finalmente a luz do dia. E em boa hora o fizeram.